Viajantes: A palmeira Patauá.
"Estou muito interessado nas palmeiras, que aqui são bem mais numerosas do que em Santarém. Acredito que haja entre elas muitas espécies ainda não descritas. Chamo a atenção, dentre as espécies novas, para uma Maximiliana, uma Euterpe , uma Iriartea e duas ou três Geonomae . [...]. Talvez a mais nobre palmeira das florestas de Barra seja o Patauá, cujos troncos, às vezes atingem 80 pés [24,4m] de altura, encimados por frondes enormes. Uma espádice completa, carregada de frutos é carga bem pesada para um homem. As drupas dão muito óleo, aqui utilizado apenas para o preparo de um vinho semelhante ao do açaí. Com poucos anos, o tronco fica coberto de espinhos delgados e rígidos, de cerca de 2 pés [61 cm] de comprimento, de ponta voltada para cima. Trata-se das nervuras do revestimento basal daqueles pecíolos do qual se desprendem o parênquima, e que os nativos chamam de "barba-de-patauá". Quando o tronco atinge 15 ou 20 pés [4,57-6,09m], a "barba" existente