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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

O Biribá (Rollinia mucosa)

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Diz o Dr. Jacques Huber (1867-1914): "O Biribá ( Rollinia mucosa ) muito frequente nos pomares do Pará, é uma árvore de médio tamanho, atingindo 10 m. mais ou menos de altura, de folhas grandes com nervuras salientes. O seu crescimento é rápido e ele prospera tanto na sombra como ao sol. De todas as Anonaceas cultivadas no Pará é a que parece se dar mais com o nosso clima, crescendo quase espontaneamente onde caem as suas sementes. Parece que o biribá é cultivado em Belém desde muito tempo, sendo uma das árvores citadas por Mauricio de Heriarte na sua "Descrição do Estado do Maranhão, Pará, Corupá e Rio das Amazonas, 1602". [...]". FONTE: HUBER, Jacques. Notas sobre a patria e distribuição geographica das Árvores fructiferas do Pará. Boletim do Museu Goeldi (Museu Paraense) de Historia Natural e Ethnographia, Belém, t, 4, fasc. 1-4, p. 391-392, 1906.  Biribá ( Rollinia mucosa ). Ruiz, H. ; Pavón, J. Drawings of the Royal Botanical Expedition t

O Guaraná

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"Convido Brandão e Saíde a tomar comigo, em jejum, o guaraná em pó, milagre da Natureza descoberto e cultivado e principalmente usado todos os dias pelos índios Maués, vizinhos meus aqui do rio Andirá. A ciência já sabe faz tempo que o guaraná é poderoso energético. (Há quem o tome, com avidez, lá pelas bandas do sul, acreditando na propaganda enganosa de que o vegetal é afrodisíaco. Gente que ainda não aprendeu de onde é que nasce no corpo a vontade de amar). Os índios o tomam para ganhar força, quando vão para a caça ou pesca. Ou para tirar a moleza do corpo. Não custa nada acrescentar que para o índio o guaraná (frutinha de um arbusto que, madura, se abre e fica que nem olho de gente) tem muito a ver com a própria origem do homem, a lenda explica isso com todos os pormenores. Talvez por isso, eles o consideram uma entidade, ser superior. Lembrei aos amigos, na manhãzinha do Jarauá, que faz um tempo estava com uns índios na aldeia de Ponta Alegre, quando o Tuxaua ofereceu o

Breve Biografia: Henry Walter Bates (1825-1892)

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Explorador e naturalista inglês. Amigo de Alfred Wallace, foi seu companheiro de viagem ao Brasil a fim de coletar material zoológico e botânico para o Museu de Londres. Permaneceu nessa missão durante onze anos, na qual colecionou cerca de 14 mil insetos, dos quais 8 mil ainda não eram conhecidos da ciência. Após sua volta à Inglaterra, em 1859, é incentivado por Darwin a elaborar e publicar um livro sobre suas observações na selva amazônica.Publicou assim, em 1863, dois volumes de The naturalist on the river Amazon , traduzido para o português como O naturalista no rio Amazonas . FONTE:  KOPPEL, Susanne.  Biblioteca brasiliana da Robert Bosch GmbH : catálogo. Rio de Janeiro: Livr. Kosmos Ed., 1992, p. 370. Henry Walter Bates e Alfred Russel Wallace - Naturalistas www.pinterest.com

Uma ótima viagem

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"Nossa viagem pelo igarapé acima foi ótima. É um riozinho estreito, de águas escuras, profundo, atualmente cheio e correndo muito. Dos lados, a mata é alta e densa, rica em embaubeiras, jenipapo, açaís, jauaris e ingazeiros, tão comuns nas beiras dos rios desta zona. De vez em quando, destacava-se uma seringueira ( Hevea brasiliensi s Muell. Arg.), de caule, branquicento e folhagem inconfundível. Com a nossa passagem, voavam, a cada instante, os grandes anus-coroca, de coloração metálica, muitos bem-te-vi ( Pitangus sulphuratus sulphuratus (Linnaeus, 1776), urubus de cabeça vermelha [...], araçaris, japus e aves menores". FONTE:   CARVALHO, José Cândido de Melo. Notas de viagem ao Javari-Itacoaí-Juruá. Publicações Avulsas do Museu Nacional, Rio de Janeiro, n. 13, p. 16, 1955. Araçari ( Pteroglossus flavirostris ) John Gould (1804-1881). A monograph of the ramphastidae or family of toucans . 1992.

Um lugar de extraordinário encanto

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"Depois de Laguinhos há uma praia plana e coberta de árvores, que formam um belo bosque. Por volta do mês de abril, quando a água chega ao nível da praia, as árvores estão cobertas de flores, e uma bela orquídea, um Epidendron , cobre o tronco das árvores de uma profusão de grandes flores brancas. Várias espécies de maçaricos afluem para ali, sendo que num pequeno trecho da praia podem ser encontrados quatro tipos diferentes - o maior deles do tamanho de um corvo, de plumagem pintalgada de cinza e um bico enorme, e o menor praticamente do tamanho de um pardal. A ave maior faz o seu ninho nos penhascos de argila situados a cinco ou seis quilômetros dali. Nenhum desses  maçaricos tem uma plumagem tão brilhante quanto a das nossas espécies inglesas. As flores das árvores atraem algumas espécies de colibris, e o mais notável deles é um beija-flor grande, ( Eupatomena macroura ) com uma cauda semelhante à das andorinhas e uma brilhante plumagem de tons verde-esmeralda e azul-aço. N