Helicônias com suas flores escarlates


"A uniformidade da superfície do terreno e a aparente confusão da terra com o céu, produzida pela atmosfera nublada, carregada da fumaça das queimadas, produzia sobre o espírito a mesma impressão, que se tem quando se olha para o mar largo, e que era realçada pelos grupos distantes e espalhados de árvores, os quais apresentavam a aparência de ilhas.
Estes grupos, que em geral têm a extensão de alguns hectares, quando se vai aproximando deles tomam a aparência de formas arquiteturais assemelhando-se as fortalezas ou castelos. Chegando-se mais perto a cor verde das árvores que é realçada por uma orla de palmeiras Tucumãs (Astrocaryum tucuma) com seus lindos e amarelos cachos de cocos, e, na parte inferior pelas Helicônias de folha lustrosa com suas flores escarlates, apresenta à vista um relevo tão agradável depois da monotonia da planície como a deliciosa sombra e a evidência da vida animal e vegetal a todos os outros sentidos, assim que nelas se entra. [...]". Orville A. Derby (1851-1915). A Ilha de Marajó. Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia, Belém, t. 2, n. 1-4, 1898, p. 170.
 
 
Heliconia chartacea.
Margaret Mee. In a search of flowers of the Amazon Forests. 1989.


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