Victoria regia

 
 
"De todas as Ninfeáceas, a maior, a mais rica e a mais bela é a maravilhosa planta que foi dedicada à rainha da Inglaterra, e que traz o nome de Victoria regia. Habita as águas tranquilas das sombrias lagoas formadas pelo transbordamento do Amazonas e seus afluentes. Suas folhas medem de 15 a 18 pés de circunferência. A sua parte superior é de um verde escuro e vistoso; a parte inferior é de um vermelho escarlate, ornado de grandes veias salientes, formadas por câmaras cheias de ar, tendo as hastes cobertas com espinhos elásticos. As flores se erguem cerca de seis polegadas acima d´agua, e, quando inteiramente desenvolvidas, têm uma circunferência de três a quatro pés. As pétalas se abrem à noite; sua cor, a princípio de mais puro branco passa em 24 horas, pelas tonalidades sucessivas de um róseo leve até o mais brilhante vermelho.
Durante o primeiro dia da sua floração, as flores exalam um delicioso perfume, e, no fim do terceiro a flor murcha e mergulha novamente na água para amadurecer suas sementes. Quando maduras, essas sementes, ricas  em fécula, são colhidas pelos índios, que as assam e regalam-se com elas preparadas desse modo". Daniel P. Kidder(1815-1891) & J. C. Fletcher. [?]. O Brasil e os brasileiros. 1941. v. 2, p. 332-333.
 
 
 
 
Victoria regia. J. Hooker (1851)
The art of botanical illustration. 1995.
 
 

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