Os troncos caídos começam a impedir nossa passagem


"Voltamos a empurrar as montarias sobre as rochas dos rápidos. Um pouco a montante, deparamos com outro pequeno travessão, transpondo-o pela brecha central. O rio aqui não passa de um riacho. Ainda há castanheiros nas margens, mas agora já se tornam mais raros.
Os troncos caídos começam a impedir a nossa passagem. Para transpô-los, temos que carregar as montarias, passando-as por cima deles. Quando elas são repostas na água, estão de tal modo descalafetadas que se encheriam em poucos minutos, se não tivéssemos o trabalho de embuchar rapidamente os orifícios maiores
E os "secos" vão-se sucedendo, apresentando, em determinados trechos, nada mais do que 20 centímetros de profundidade. Frequentemente somos obrigados a transportar nossa pequena carga por terra.
As montarias vazias são arrastadas e empurradas à mão pelos homens, que seguem pela incerta rota do riacho, no fundo do qual passeiam as raias venenosas". Henri Coudreau (1855-1899). Viagem a Itaboca e ao Itacaiunas. 1980, p. 76.
 
 
 
 Dr. J. Crevaux (1847-1882).  Voyages dans L´Amerique du Sud. 1833 
Desenho de E. Riou (1833-1900).
Acervo da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna - Museu Goeldi


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