Urucu


"Urucu (Bixa orellana) é dedicado a Francisco Orellana, primeiro que navegou o Amazonas. É uma das plantas mais conhecidas entre nós pelo emprego que tem na arte culinária. Com as belas flores de pétalas cor de rosa, ou com as panículas de capsulas pardacentas e espinhosas, sempre se torna recomendável como árvore útil e de ornamento.
O seu principal emprego está na polpa viscosa, resinosa e vermelha ou cor de laranja, segundo as variedades, que envolve as sementes. Com esta polpa que tem um cheiro esquisito, os índios se pintam, não só para se fazerem bonitos, como para evitarem as ferroadas dos mosquitos. Com essa mesma polpa preparam uma massa dura e em paus, com que tingem não só os ornatos, como a cerâmica. Esta massa é exportada para o estrangeiro que dela se aproveitam na tinturaria. A cor é fixa e não se altera com o alumem e com os ácidos, porém, altera-se, com o tempo e com o sabão. [...]. A madeira é leve e empregada pelos índios para tirar fogo. Medicinalmente, a massa do urucu é antifebril e refrigerante e as sementes são estomáquicas. A raiz dizem ser digestiva. O pó que os índios denominam wakaka é afrodisíaco". João Barbosa Rodrigues (1842-1909). Hortus fluminensis ou breve notícia sobre as plantas cultivadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 1894, p. 19.
 
 
Urucu (Bixa orellana).
Anônimo, s.d.
Jardim Botânico, Rio de Janeiro, Brasil.


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