O bem-te-vi e seu jeito de viver
"[...]. Como feitio moral do bentevi, podemos compara-lo a certos indivíduos falastrões e esparramados.
Mal chega a um lugar, arma logo um alvoroço.
Voa daqui para ali, revoa e volta, pondo em cada fronde um alarido. [..].
São sociais e vivem em pequenos grupos e, entre os da sua malta, reina a melhor cordialidade, mas não querem intimidade com outros pássaros...Quando chega um amigo, é logo recebido com evidente e transbordante alegria, batidelas de asas, empinações de crista e uma permuta de saudações que parecem não ter fim.
O dia inteiro o grupinho vive junto em correrias e brincadeiras, entremeadas de gritos, mas nas épocas dos amores, as coisas mudam. Cada macho procura a sua companheira, e os solteirões são escorraçados, segundo me parece...". Eurico Santos (1883-1968). Pássaros do Brasil. 1960, p. 102-103.
Bem-te-vi. Ilustração de J. Th. Descourtilz (1796-1855) História natural das aves do Brasil. 1983 Acervo da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna - Museu Goeldi |
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