Viajantes: Paxiúba, uma das palmeiras mais bonitas da Amazônia!
"Depois do almoço, mostrei desejo de conhecer melhor o riacho, e em vista disso um velho muito cortês e animado, que supus ser um dos vizinhos, ofereceu-se para me servir de guia. Embarcamos numa pequena montaria e percorremos um trecho de uns cinco ou seis quilômetros do riacho, para cima e para baixo. Embora a essa altura eu já estivesse acostumado com a exuberância da vegetação, não pude deixar de ficar maravilhado ao observar aquela região. O riacho tinha cerca de 100 metros de largura, com alguns trechos mais estreitos. Ambas as margens estavam ocultas por trás de altos paredões de verdura, que mostravam aqui e ali uma brecha por onde se podia entrever, sob os arcos formados pelas copas das árvores, as choupanas cobertas de palha dos moradores da região. Dos galhos das altas árvores, que se curvavam por sobre o riacho e às vezes chegavam até o meio dele, pendiam guirlandas e festões; uma imensa variedade de trepadeiras orlava a beira da água, algumas delas, especialmente Bignonia, exibindo grandes flores vivamente coloridas. A arte não teria conseguido reunir formas vegetais tão belas e tão harmoniosas como a Natureza havia feito ali.
Como sempre, as palmeiras formavam o grupo mais numeroso de árvores mais baixas, embora algumas delas projetassem suas esguias hastes a uma altura de vinte metros ou mais, acenando com o seu penacho de folhas lá no alto do céu. Uma das espécies mais bonitas era a paxiúba (Iriartea exorhiza), que é mais abundante ali do que em qualquer outro lugar. Não se trata de uma das espécies mais altas, pois o seu crescimento máximo não alcança, talvez, mais do que uns doze ou treze metros; as folhas não são tão flexíveis quanto nas outras espécies, nem os folíolos são mais largos, e por causa disso ela não tem a plumosa aparência que algumas palmeiras têm; ainda assim possui um encanto todo especial. Meu guia encostou a canoa na margem, num determinado lugar, para me mostrar as raízes da paxiúba. Essas raízes crescem acima do solo, irradiando-se do tronco alguns metros acima da superfície, dando a impressão de que a árvore se apoia em estacas; nas árvores mais velhas, um homem pode ficar de pé no meio das raízes, com o tronco da árvore começando acima da sua cabeça. Uma das peculiaridades dessa palmeira é que as suas raízes, que se assemelham a varas, são crivadas de grossos espinhos, ao passo que o tronco da árvore é inteiramente liso. [...]". Henry Walter Bates (1825-1892). Um naturalista no rio Amazonas. 1979, p. 83-84.
Paxiúbas A. D. d´Orbigny (1802-1857). Voyage dans l´Amérique Méridionale. 1847. |
Amooo Essa Palmeira!!! De suas sementes faço Luvas para serem usadas como massageadores naturais. Essa massagem estimula a circulação e a oxigenação celular. Alem de energeticamente levar a pessoa a um relaxamento profundo, provocando insightes que o remetem ao coração, da amazônia.
ResponderExcluirAmooo Essa Palmeira!!! De suas sementes faço Luvas para serem usadas como massageadores naturais. Essa massagem estimula a circulação e a oxigenação celular. Alem de energeticamente levar a pessoa a um relaxamento profundo, provocando insightes que o remetem ao coração, da amazônia.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário Lúcia. Agradeço também a visita em meu blog. Abraços.
ResponderExcluirBelissímo trabalho. Parabens11.
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