Viajantes: Marianne North e A Casa Grande de Morro Velho.



"A Casa Grande de Morro Velho era mesmo uma ótima casa para uma artista se instalar, e logo, entrei numa regular e muito agradável rotina. Fiquei com o quarto mais alegre e arejado, vizinho ao dos meus amigos, com uma janela grande dando para a varanda iluminada, onde as pessoas iam e vinham continuamente, fazendo pausas para fofocar. Embaixo, ficava o jardim, cheio de flores das mais perfumadas: um grande pé de Magnolia grandiflora em plena florada cuja fragrância chegava até mim; à sua volta touceiras de rosas, cravos, gardênias (sempre em flor), bauínias de todos os matizes (a delícia dos beija-flores e das borboletas), heliotrópios do tamanho de uma árvore e cobertos de flores aromáticas, além de grandes moitas de poinsétia com estrelas escarlates medindo um pé de diâmetro; atrás delas havia bananeiras, palmeiras e outras plantas, sendo as encostas cobertas de matas por onde vislumbravam-se as antigas fábricas e o riacho descendo pelo vale". Marianne North (1830-1890). Recordações de uma vida feliz. In: BANDEIRA, J. A viagem ao Brasil de Marianne North (1872-1873). Rio de Janeiro: Sextante, 2012. p. 172.
 
 
Bananeiras, laranjeiras, palmeira e touceira de bico-de-papagaio num jardim em Morro Velho.
Pintura de Marianne North


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