Viajantes: Flores Brasileiras
"[...]. A vegetação continua sempre encantadora. Aliás, percebe-se facilmente como é estreita a faixa de vegetação que acompanha o rio. As regiões inundáveis são aqui mais frequentes e em maior extensão do que no rio São Lourenço. O capim aparece no fundo da água, quase tudo é pântano, embora os altos colmos das árvores nos deem a falsa aparência de bonita campina. A mata ergue-se por toda a parte, diretamente da água. Os eternos aspectos dessa vegetação inesgotável em formas decorativas e variadas embriagam-nos simplesmente. Apenas, passam depressa demais. Tudo é verde, mas que gradações! Desde a tenra e delicada trepadeira a brilhar sob a luz do sol, até a folhagem verde azulada de algumas árvores, enquanto em outras aparece uma tonalidade parda ou acinzentada em inúmeras variações. De vez em quando - flores - são campainhas roxas e flores amarelas de efeito encantador, como discreto ramo primaveril aos pés de uma tapeçaria escura e luxuriante. [...]". Karl von den Steinen (1855-1929). O Brasil Central. 1942, p. 56-57.
Flores silvestres do Brasil. Marianne North (1830-1890). kew.org |
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