Viajantes: Floresta Brasileira

"Uma vegetação totalmente diferente, de uma exuberância e selvagidade autenticamente tropical recebeu-nos aqui. Árvores de folhagem, de um tamanho gigantesco nunca visto erguiam-se para o infinito. Na base dos troncos retos como velas, de uma circunferência monstruosa, corriam para todos os lados raízes em forma de paredes que nós devíamos ultrapassar. Nas esguias palmeiras de paxiúba, que com numerosas raízes aéreas se agarravam no solo, trepava os filodendros com folhas largas, e outros parasitas subindo para o alto. Em cada racha das árvores, em cada galho seco, em toda a parte onde poderiam encontrar um pouco de alimento, tinham se  aninhado as mais diversas orquídeas. Quantos tesouros botânicos estavam abrigados nestes desconhecidos trópicos selváticos!"
Theodor Koch-Grünberg (1872-1924). Dois anos entre os indígenas: viagem no noroeste do Brasil (1903-1905). 2005, p. 238-239.



Floresta Brasileira
Conde de Clarac. c. 1816.
 
 

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