Grandes árvores inclinadas sobre as águas


"A medida que avançávamos pela correnteza turva e borbulhante, perlongando a mata verde e encharcada pelas chuvas, íamos deparando grandes árvores inclinadas sobre as águas, em ambas as margens. Nos pontos em que o rio se estreitava e as árvores pendentes eram muito longas ou coincidia ficarem as de uma margem na direção das da outra, tínhamos pela frente uma barreira que somente o machado removia.
Havia muitas palmáceas, sobretudo buritizeiros de frondes rijas em forma de leque e uma bela espécie de bacaba com longas e graciosas copas recurvadas. Em certos sítios essas palmeiras se erguiam umas bem junto das outras, afuniladas e esguias como majestosa colunata encimada pelas frondes em alto relevo sobre o fundo do céu.
Borboletas de cores variegadas voejavam sobre o rio. A chuva caía em bátegas, do céu nublado. Quando o sol surgiu, por entre as nuvens, a floresta se iluminou com o clarão de seus raios de ouro". Theodore Roosevelt (1858-1919). Nas selva do Brasil. 1976, p. 163.
 
 
 Tronco caído na mata.
Viagem ao Brasil do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied.
Biblioteca Brasiliana da Robert Bosch GmbH. 2001. Petrópolis - RJ.
 

 
 
 

Comentários

  1. Parabéns pela bela publicação. Perfeita!
    www.wordpress/ivanirfaria

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  2. Agradeço a visita ao Blog, e fico feliz que você goste do assunto e das postagens sobre a história natural do Brasil, e principalmente da Amazônia. Um grande abraço!

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