O galo-da-serra
[...]. Confesso que não pude me furtar ao pecado da inveja, máxime quando vi o coq-de-rocha. Não tivera ainda ocasião de admirar essa ave, quer em liberdade quer presa. E demorei-me a contemplar esse belo pássaro, de penas vermelhas, com uma crista da mesma cor. Uma coisa curiosa me chamou a atenção: engolia avidamente pimentas, sua alimentação habitual, e no mesmo instante botava-as para fora no mesmo estado em que as engolia. Deitei-lhes bolinhas de miolo de pão, e do mesmo modo as expeliu sem a menor deformação. Os índios afirmam terem visto esses pássaros, reunidos às beiras dos rochedos dançando em roda. [...].
Fonte:
BIARD, Auguste François. Dois anos no Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2004. p. 166-167. (Edições do Senado Federal; 13).
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