O galo-da-serra

        [...]. Confesso que não pude me furtar ao pecado da inveja, máxime quando vi o coq-de-rocha. Não tivera ainda ocasião de admirar essa ave, quer em liberdade quer presa. E demorei-me a contemplar esse belo pássaro, de penas vermelhas, com uma crista da mesma cor. Uma coisa curiosa me chamou a atenção: engolia avidamente pimentas, sua alimentação habitual, e no mesmo instante botava-as para fora no mesmo estado em que as engolia. Deitei-lhes bolinhas de miolo de pão, e do mesmo modo as expeliu sem a menor deformação. Os índios afirmam terem visto esses pássaros, reunidos às beiras dos rochedos dançando em roda. [...].

Fonte:

BIARD, Auguste François. Dois anos no Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2004. p. 166-167. (Edições do Senado Federal; 13).


Galo-da-serra (Rupicola rupicola)
J. T. Descourtilz. Ornithologie Brésilienne, ou, Histoire des oiseaux du Brésil: remarquables par leur plumage, leur chant ou leurs habitudes. [1854-1856].
www.biodiversitylibrary.org



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