O canto do socó-boi
"Os dias se sucediam e a vida decorria relativamente monótona na maloca cachuianá.
Acordávamos às madrugadas frias com o canto do socó-boi, quando ainda as estrelas brilhavam pálidas e lágrimas de orvalho tremulavam na folhagem do anel de mata que nos cercava. E nos deitávamos pouco depois do surgir da lua amarela, quando o assédio dos carapanãs se tornava o menos suportável e por entre as lianas serpeantes começava a encarniçada luta pela vida dos animais da selva".
FONTE:
VINHAES, Ernesto. Aventuras de um repórter na Amazônia. 2 ed. Porto Alegre: Globo, 1944. p. 161.
Socó-Boi. À esquerda um jovem da espécie. ELETRONORTE. Brasil 500 pássaros. 2000. Desenho de Antônio Martins |
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