As grandes araras e araraúnas no cenário amazônico


        [...].  Daí por diante, misturavam-se grandes araras e ararúnas no cenário amazônico. Espetáculo soberbo, e realmente esplêndido, quando nos galhos mais altos das sumaumeiras trepam nuns e noutros com o auxílio do bico, dos pés e da cauda, exatamente como faziam no Mucuri no cimo das barrigudas. Mas seus gritos não tardavam a denunciar que já nos tinham visto; voavam então dali com altas gralhadas aos pares, muito juntas, ostentando ainda melhor as cores brilhantes, espargindo verdadeiras centelhas.

        As araraúnas produzem também maravilhoso efeito de cores, quando voam. Mais tímidas do que as araras, voam com mais rápido bater de asas, com o que o azul de cima e o amarelo de baixo se fundem num só cambiante.


FONTE:

AVE´-LALLEMANT, Robert. Viagem pelo norte do Brasil no ano de 1859. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1961. v. 2, p. 72.


Canindé (Ara ararauna) e Aratinga (Ara severa)
J. Th. Descourtilz. História natural das aves do Brasil. 1983.



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