Os vales enflorestados


"Durante todo o dia atravessamos magníficas florestas sobre morros, uma terra que produziria com exuberância todas as plantas tropicais. A cana-de-açúcar permite a colheita, ano após ano, sem replante, por dez anos ou mais. O rio corre por um vale profundo e estreito, serpenteando entre precipícios cobertos de matas, cujos lados descem diretamente para a beira da água, sempre forrados de densa floresta. Alguns destes vales enflorestados eram extremamente pitorescos: o céu azul refletido na superfície do rio que coleia em torno das bases das encostas de vegetação verde-escura, onde as árvores são cada uma diferente de sua vizinha, algumas erguendo-se acima de suas companheiras e espalhando-se como um imenso guarda-chuva de folhagem verde-escura;  altos troncos cinza-claros, azuis, acamurçados e marrons, retos como um poste, destacam-se com clareza contra o fundo escuro e sombreado de cipós emaranhados e folhagem; a imbaúba de folhas prateadas e tronco esguio e alto, a begônia púrpura ou dourada, o pau-d´arco, são conspícuos tanto pela quantidade como por suas cores; árvores que possuem as características mais notáveis de todas as florestas, desde  Rio de Janeiro até aqui." James W. Wells (1841-?). Explorando e viajando três mil milhas através do Brasil: do Rio de Janeiro ao Maranhão. 1995, v. 2, p. 80.
 
 
 
Begonia peltata.
L´illustration horticole. Gand, v. 36, t 84. 1889.
 


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