Vitória-régia ou "forno-de-jaçanã"

"[...]. Ao me aproximar da extremidade oposta da lagoa eu vi, pousadas na superfície da água, numerosas folhas grandes e arredondadas, de bordas voltadas  para cima; tratava-se da vitória-régia. As folhas estavam começando a expandir-se (3 de dezembro); algumas ainda estavam debaixo d´água, e as maiores, dentre as que já tinham chegado à superfície não mediam mais do que um metro de diâmetro. Encontramos uma canoa com um remo dentro dela, encostada no barranco, e eu tomei a liberdade de usá-la sem pedir licença ao desconhecido proprietário. Luco levou-me até onde se achavam as nobres plantas, para eu ver se achava algumas flores, o que infelizmente não aconteceu. Mais tarde fiquei sabendo que essa planta é comum em quase todas as lagoas das redondezas. Os nativos a chamam de forno de jaçanã, porque o formato de suas folhas se assemelha ao do forno onde é tostada a farinha de mandioca. [...].

FONTE:


BATES, Henry Walter. Um naturalista no rio Amazonas. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1979. p. 116. 



Victoria regia. 
Ernst Heyn, 1892.
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