Viajantes: As delicadas e graciosas palmeiras na floresta!
"O maior encanto que a floresta virgem proporcionou pelo menos a mim, foram aquelas delicadas e graciosas palmeiras que a mais leve brisa faz curvarem-se de um lado para outro. Seus troncos finos e flexíveis quase se podem abarcar com a mão; no entanto alcançam até a metade dos troncos das altas e frondosas árvores... Como um penacho, não deixando também de parecer um molho de penas voltadas para baixo, agita-se muito alto em cima a pequena coroa formada de extremamente delicadas folhas piradas, verde-clara que terminam em ponta aguda que às vezes dá esta linda palmeira o aspecto de uma lança e outras também o de um caniço oscilante.
Nunca vi nada mais gracioso! Quando estas lindas palmeiras aparecem, saindo sempre em grande número dentre as frondes, deixam-se balouçar pela mais leve brisa, ou sacodem suavemente as lindas coroas como cumprimentando altivas e alegres para baixo. As palmeiras parecem gostar de sociabilidade - não só as altas e esguias, como também as com espinhos e grande coroas, como muitas outras altas e de troncos grossos, e as que brotam diretamente do solo, sem troncos, costumam em certos lugares manterem-se juntas. Muitas vezes cavalga-se por grandes extensões sem ver nenhuma espécie de palmeira e depois elas acompanham-nos por muitas hora".
Adalberto, Príncipe da Prússia (1811-1873). Brasil: Amazonas - Xingu. 1977, p. 76-77
Palmeiras. C. Fr.von Martius (1794-1868) |
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