Cuieira (Crescentia cujete)
"À tarde, refrescou um pouco; fomos visitar a plantação de bananeiras. Perto de casa, e sentamo-nos, não longe da margem, embaixo duma enorme cabaceira que dá uma sombra fechada, não só por causa de sua luxuriante folhagem como porque os seus ramos estão cobertos de parasitas; um musgo escuro e veludado esconde a casca da árvore e forma um marcado contraste com a cor verde-pálido dos frutos lustrosos cujo envernizado sobressai assim ainda mais. Digo uma "cabaceira" simplesmente por causa do uso que se faz dos frutos dessa árvore; aqui esta árvore se chama uma "cuieira" (Crescentia cujete) e a vasilha que se faz com seu fruto é uma "cuia". Esse fruto é de forma esférica de um verde brilhante e belo polimento; o tamanho varia desde o da maçã até o dum volumoso melão. O interior é constituído por uma polpa mole e esbranquiçada que se retira facilmente cortando a cuia pelo meio; deixa-se em seguida secar a casca e fabricam-se desse modo lindas taças e vasilhas de diversos tamanhos. [...]".
FONTE:
AGASSIZ, Luís; AGASSIZ, Elizabeth Cary. Viagem ao Brasil: 1865-1866. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2000. p. 226. (O Brasil visto por estrangeiros).
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