Os graciosos leques da palmeira indaiá

"[...]. O caminho coleia junto à falda, através de belos bosques de coqueiros, penetrando depois por entre as montanhas; ele é bem traçado e foi muitas vezes aberto com esforço entre rochedos e precipícios. Nos trechos mais perigosos é protegido por um parapeito. A paisagem é de notável beleza; avistam-se a cada momento profundos vales cobertos de sombria mata, destacando-se no fundo verde-escuro das florestas que vestem os flancos das montanhas os caules delgados  e brancos das imbaúbas (Cecrópia) e os graciosos leques da palmeira indaiá. Outra cena ainda mais bela ia-nos prender a atenção. O rio Tombador, largo de uns 15 metros e fechado pela magnífica floresta tropical, aí se precipita perpendicularmente de uma altura de 20 metros numa profunda garganta, expandindo-se embaixo da cachoeira numa bonita bacia. O caminho, bastante íngreme, continua a seguir o trajeto do rio, que apresenta ainda diversas cascatas, menos imponentes, é verdade, do que a primeira, mas ainda assim muito pitorescas, graças aos paredões de rocha, aos enormes troncos derrubados e à quantidade de cipós, que em certos pontos se prendem às árvores, de modo a formar lindos berços naturais". Francis de  Castelnau (1810-1880). Expedição às regiões centrais da América do Sul. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1949. p. 174-175. (Biblioteca Pedagógica Brasileira. Série 5a. Brasiliana, v. 266-266-A).

Attalea compta.
Martius, C. F. P. von. Historia Naturalis Palmarum. v. 2, t. 41, 1839.
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