As mangas grão-paraenses


"Comida é coisa que vem de arranjos do indígena. A cozinha grão-paraense é a mais típica do Brasil, porque suas origens e causas só se rendem à terra. Ao primitivo, ao puro habitante do Grão-Pará. É a mais "orgânica e fundamental", dá-lhe a devida patente o escritor Osvaldo Orico. Que se faça respeitar a primazia ecológica e a profusão de pratos em demanda gastronômica nos matos, nos ares, nas águas grão-paraenses.
Verdade que fica enxertada nos olhos é a profusão de frutos saborosíssimos: açaí, bacaba, patauá, buriti, murici, bacuri, cupuaçu, mangaba, pupunha, uxi, taperebá, fruta-pão, jaca-do-pará, graviola, mamão, abiu, ananás, ata. E mangas!
Apesar de origem indiana, é tão forte e ecologicamente grão-paraense que se torna brasão vegetal da terra: mangas por toda a parte, de todos os tipos e perfumes, e suas mangueiras enormes, decorativas, mães de sombra e de lazeres. De tudo se põe a crédito refrescos, vinhos, doces, sorvetes. [...]". MAIA, Tom; TOCANTINS, Leandro; MAIA, Thereza Regina de Camargo. Grão-Pará. 2. ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1987. p. 28.



Manga (Mangifera indica)
N. Witsen; H. de Jager. Plantae javanicae pictae, ex Java transmissiae anno MDCC t. 113 (1700). www.plantillustrations.org.
Pintura de H. de Jager.

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