Viajantes: Um caminho na floresta
"A vereda era muito ruim, pois as imensas raízes das velhas árvores gigantescas cruzavam o caminho quase a cada passo e no tempo de chuva evidentemente se transformava em um arroio, pois as chuvas tinham varrido o solo intermediário entre as raízes esparramadas, formando buracos fundos sobre os quais as mulas avançavam com dificuldade; mais adiante, onde o terreno formava uma encosta íngreme, a trilha se tornava ainda pior. Excetuando-se estes obstáculos, esta parte do caminho era realmente atraente; a atmosfera fresca e úmida, a alvissareira sombra, a variedade da folhagem, os velhos troncos imponentes festonados com uma miríade de trepadeiras e cipós e cobertos de musgo, líquens, bromélias, orquídeas e outras parasitas; e contra o fundo escuro de sombra flutuavam como brilhos bruxuleantes de fogo as asas de cores vivas das borboletas e mariposas da floresta".
(James W. Wells [1841-?]. Explorando e viajando três mil milhas através do Brasil: do Rio de Janeiro ao Maranhão. 1995 , v. 1, p. 307.
Árvore com epífitas, parasitas e borboleta.
Pintura de Marianne North ( 1830-1890).
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