Reflexões: Dois amores


"Como te chamas?", disse ele, "Meu nome é Amor."
Imediatamente o primeiro voltou-se para mim
E exclamou: "Ele mente, pois seu nome é Vergonha,
Mas eu sou o Amor e costumava ficar
Sozinho neste belo jardim até que ele chegou,
À noite, sem ser convidado. Sou o verdadeiro Amor.
Encho os corações de rapazes e moças  de chama mútua".
Então, suspirando, disse o outro: "Seja como queres, Eu sou o Amor que não ousa pronunciar o próprio nome".
 
Lord Alfred Douglas, 1870-1945
A linguagem do amor, 1988.
 
 
 
 
Pintura de Pierre Auguste Cot, 1880.



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