Os festões das Passifloráceas

            [...] Chamou-nos a atenção o pitoresco e inusitado aspecto apresentado pelas margens do rio quando o sol despontou. O curso d´água, embora não passasse de mero afluente do Amazonas, era mais largo que o Tâmisa. As margens mostravam-se ininterruptamente revestidas de densa floresta. Os mangues apareciam com frequência, com suas raízes que desciam dos galhos buscando a água, de aspecto bastante curioso. Pudemos ver os frutos de algumas dessas árvores, dos quais saía um rebento que descia até a água, constituindo, uma raiz secundária da árvore-mãe. Atrás dessa vegetação de alagadiços, erguiam as grandes árvores da floresta, entremeadas de açaís, miritis, e outras palmeiras, enquanto que os festões das passifloráceas e convolvuláceas pendiam até à superfície da água. 

FONTE:

WALLACE, Alfred Russel. Viagens pelos rios Amazonas e Negro. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 1979. p. 38.; il. (Reconquista do Brasil, v. 50).


Maracujá (Passiflora spp.)
 Botanical Register v. 3, t. 233 (1817).
Desenho de S. Edwards.
www.biodiversitylibrary.org


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