Pindorama: terra de palmeiras
[...]. A variedade de palmeiras destas plagas, além de alimentação que fornece, também produz a fibra que se transforma em linha, em fio, em corda, em cabo, em pano, como esse admirável tucum ( Astrocaryum sp.) que equivale, no anfiteatro amazônico, ao linho dos povos antigos. Fora destas existem outras curiosas como a jacitara ( Desmoncus ), encantada serpente vegetal subindo nos troncos vizinhos ao rumo da claridade; a paxiúba ( Iriartea exorrhiza Mart.), sobre feixes de raízes aéreas que lembram espingardas ensarilhadas; a paxiubinha ( Iriartea setigera Mart.), de cuja madeira os índios fazem as zarabatanas, por meio das quais atiram, soprando, os venenos sagitários. Abundam ainda na plaga paraense as palmeiras acaules degoladas por algum deus terrível da hiléia, que lhes jogasse depois do golpe sinistro as cabeças por terra. Os tufos sem hastes do curuá-branco, do curuá-piranga, do curuá-pixuna, do jupati, do ubim ..., recordam corpos soter...