Tanguru-pará
"[...]. Não víamos, atravessando o espaço, a águia altiva ou qualquer outra ave de rapina; não ouvíamos da mata sair o rugido de um tigre ou o grito de um selvagem; na atmosfera azul, pares de garças alvas, com os pés pendidos para baixo, voavam de uma ilha para outra, e as gaivotas, redemoinhando, com os gritos tão conhecidos dos marítimos, pescavam na cerúlea extensão do rio; das abertas clareiras da mata se erguia o coro alegre de uns passarinhos negros de bico escarlate, a que chamam Bicos-de-brasa, aqui conhecidos com o nome de Tanguru-parás, volteando ao redor de alguma lagoinha, que as chuvas da véspera ali tinham deixado". Ignacio Baptista de Moura (1857-1929). De Belém a S. João do Araguaia: Vale do rio Tocantins. 1989. p. 172.
Tanguru-Pará à direita. Álbum de Aves Amazônicas. - 1900-1906. Desenho de Ernst Lohse (1873-1930) |
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