Viajantes: O Piquiá.


"[...]. Eles perambulam por três ou quatro milhas atrás da escarpa, caçando ou procurando frutos de piquiá, quando é sua estação. O piquiá é um prato favorito. O fruto está contido numa casca grossa; é separado dela, e fervido, e a fina polpa oleosa é raspada do duro caroço interior, da mesma maneira como comemos milho verde. "Não é muito melhor do que uma batata crua", pensou o Sr. Bates, mas a maioria das pessoas gosta muito deles, e são muito nutritivos. Muitas vezes vemo-la à mesa de nossos colonos, uma panelada fumegante, deliciosamente fragrante. Extrai-se do fruto um óleo doce; e da casca externa faz-se tinta, rica em ácido gálico. Os índios gostam muito de piquiá; a medida que avançamos, nossos homens vão tomando nota mental das árvores pelas  quais passamos. São monarcas da floresta; os galhos, ao contrário da regra das árvores da floresta, são espalhados e grosseiros, como os de um carvalho, mas vastamente  maiores do que qualquer dos carvalhos que já vi". Herbert Smith (1851-1919). In: PAPAVERO, N. ; OVERAL, W. L. (Orgs.). Taperinha: histórico das pesquisas de história natural realizadas em uma fazenda da região de Santarém, no Pará, nos séculos XIX e XX. 2011, p. 161.
 
 
Piquiá
Ilustração de Eron Teixeira


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