As cássias e seus lindos cachos de ouro

        À medida que avançamos, observam-se propriedades melhores. Fazendolas cercadas de cacauais e em que as casas se destacam num terreiro bem bem limpo, onde viçam cuités, mangueiras e bananeiras. Em um ou outro ponto, cabeças de gado no pastoreio. Aqui, também os currais são feitos sobre jiraus, para as longas invernadas, quando a água invade tudo e a criação precisa ser posta ao abrigo dos dilúvios periódicos. Junto de um desses mutás, algumas cássias - os maris maris da região - com lindos cachos de ouro. Igualmente floridas as mongubeiras. E floridas de tal modo que, de longe, mais se diriam mangas rubras o que pende à ponta dos seus galhos. Defronte de uma palhoça, afogada por muita palma de pupunheira, algumas mantas de pirarucu secando ao sol. [...].

 FONTE:

CRULS, Gastão. A Amazônia que eu vi: Óbidos-Tumucumaque. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938. p. 17. (Biblioteca Pedagógica Brasileira. Série 5a. Brasiliana, v. 118).


Cassia occidentalis
M. E. Descourtilz. Flore médicale des Antilles, v. 2, t. 135, 1822.
 Desenho de J. T. Descourtilz.
www.plantillustrations.org


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