Uma encantadora paisagem
"O rio desdobrou hoje aos nossos olhos perspectivas encantadoras. Bastante mais espaçoso, dado que em certo ponto teria mesmo quatrocentos metros de largura, o seu leito apresentava-se constantemente garrido de pequenas e atraentes ilhotas, com prainhas muito limpas, pedras bem polidas e uma viçosa vegetação sombreira. Nelas predominavam os araparis, alguns em flor, bosquetes de mongubeiras e uma ou outra soca de palmeiras jauaris. As suas franjas de praia, caprichosamente recortadas, são quase sempre de areia avermelhada, formando brilhante contraste com os verdes do arvoredo. A mais, neste trecho do rio, amiudavam-se as peúvas, debruçadas das ribanceiras e como que a se mirarem no espelho das águas, que lhes reproduzia a imagem em grandes manchas de ametista líquida". Gastão Cruls (1888-1959). A Amazônia que eu vi. 1930. p. 127-128.
Paisagem amazônica. Arte de Edivaldo Barbosa de Souza |
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