Viajantes: Uma boa dúzia de beija-flores rutilantes
Emílio A. Goeldi (1859-1917), naturalista suíço, que no final do século XIX, iniciou sua trajetória percorrendo à Amazônia paraense em missões científicas marcantes como diretor do então Museu Paraense - hoje - Museu Paraense Emílio Goeldi, comenta, no artigo Maravilhas da Natureza na Ilha de Marajó (Rio Amazonas) publicado no Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, t. 3, fasc. 1-4, p. 382, 1902, suas observações sobre os beija-flores:
Apenas alguns passos fora da varanda do rancho eis-nos em pleno campo aberto, em chão de areia movediça, ao pé de duas árvores que a continuidade do vento torceu e inclinou. Uma é um cajueiro de flores vermelhas e outra uma morcegueira (Andira) revestida de corimbos roxos. Murmura-nos aos ouvidos o zumbir de uma nuvem de insetos, e uma boa dúzia de beija-flores rutilantes ajuda a animar o quadro, rápidos como flechas, ora pairando por momentos ante os cachos floridos. São de várias espécies, mas logo notamos que o maior número é de Eupetomena hirundinacea, que facilmente reconhecemos pela sua longa cauda de andorinha.

Beija-flores.
Álbum de aves amazônicas 1900-1906
Desenho de Ernst Lohse ((1873-1930)
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