Viajantes: O canto do Acauã sob o luar
Helmut Sick comenta em Tukani: entre os animais e os índios do Brasil Central. 1997. p. 42, seu encontro com o Acauã, numa noite de luar:
A lua estava cor de laranja e havia uma forte bruma, mas o luar, mesmo assim, era deslumbrante. Diante dos ranchos abria-se um largo cuidadosamente limpo que se estendia para o sul até nosso pequeno campo de pouso, cujo final mergulhava na escuridão. Ainda dava para localizar o Cruzeiro do Sul, que se inclinava sobre o horizonte para sumir na imensidão do cerrado. Vinha de lá, em estrofes cheias de ritmo, o canto do acauã (Herpetotheres cachinans). Dois exemplares dessa ave de rapina, amante da penumbra e, segundo dizem, grande destruidora de répteis venenosos, corresponderam-se por vários minutos com um dueto indecifrável
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Acauã (Herpetotheres cachinans) ELETRONORTE. Brasil 500 pássaros. 2000. Desenho de Antônio Martins |
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