As praias nos rios da Amazônia

        [...]. Quanto aos rios, alguns como o Solimões (Amazonas) e o Japurá, são largos de muitos quilômetros e cheios de ilhas arborizadas, com as margens elevadas, em cujo centro encontram-se lagos. Estas ilhas geralmente se afundam inteiramente, na época das cheias, enquanto que, na estação seca, estendem-se por praias às vezes bem grandes, onde as tartarugas vêm escavar para colocar seus ovos. Outros rios são estreitos em relação a seu curso, pois o Juruá, apesar de seus 4.000 quilômetros de comprimento, e o Jutaí, com seus 2.000 quilômetros, não chegam a 600 metros de largura, na sua boca. Assim que alcançam uns trinta metros de largura, apresentam praias em todas as curvas, as quais se sucedem incansavelmente da direita à esquerda e da esquerda à direita até a sua confluência. Essas praias seriam ótimas estações balneárias, caso não estivessem infestadas pela presença de jacarés e se o lugar fosse mais povoado  e mais alegre. Entre a grande floresta e a praia se estende em geral  uma zona onde somente crescem juncais moles, caniços, salgueiros regionais, cuia-de-macaco, louro-do-igapó. Pe. Constant Tastevin

FONTE: 

In: FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth (orgs). Tastevin e a etnologia indígena.: coletânea de traduções de textos produzidos em Tefé (AM). Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2008. p. 18. (Série Monografias).


Abricó-de-macaco ou cuia-de-macaco (Couroupita guianensis)
 Denisse, E. Flore d´Amérique, t. 79, 1843-1846.
www.plantillustrations.org


 

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