O canto do Uirapuru e as aves na floresta
[...]. Eis que chegavam porém uma revoada heterogênea, saís, japins, rouxinóis, teu-téus, pipiras, anus, bicudos, coleiros, patativas, bem-te-vis, canários-da-terra, tangarás, maria-já-é-dia, anambés, arapongas, ferreirinhos, urutaís, andorinhas, tanguruparás. Acamparam na mistura de retirantes flagelados, em desordem, cada qual procurando uma nesga de chão desocupado. A fauna presente, em virtude do zunzum inartístico, olhou repreensiva aquela multidão de pés-rapado. Nesse interim baixou outra revoada de surucuás, arirambas, pica-paus, cujubins, aracuans, inhambus, macucauas, frangos-d´água, maçaricos, piaçocas, garças, arapapás, colhereiras, cararás, guarás, maguaris, jaburus, tuiuiús, gaivotas, mergulhões. Arrearam com o rumor seco do fechar dum grande leque. Foi quando o alto das clareiras se encheram de frêmitos, lembrando minúsculos aviões. Aviões que não excediam de sete a vinte e um centímetros, meio verdes, meio dourados, cujas asas, em trepidante agitação,