O pé de ajuru
"Será que um dia vais esquecer essa noite em que o céu e a terra se confundiam, em que tiveste esse amor a escorrer das tuas mãos, e era tanto que lhe pareceu encher mais o rio, e fez os pássaros aconchegarem-se mais nos ninhos, as folhas sussurrarem preces e arrepiarem-se de mansinho, e em que as frutas do ajuru se deixaram cair levemente sobre a areia, tal como gotas de sangue, muito rubras e carnudas. Mas Rosinha, agora, já ia longe; o pé de ajuru ficara lá na praia amadurecendo novos frutos ao sol forte que doirava aquelas terras quentes e aqueles rios guardadores de piranhas e histórias de peixes e mães-d´água...". E. Costa Lima. O filho da cobra grande: folclore marajoara. 2. ed. 1944, p. 66.
Ajuru ou Guajuru (Chrysobalanus icaco). Denisse, E. Flore d´Amérique, t. 128, 1843-1846. www. plantillustrations. org |
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