Zarabatana
"Certo dia, o índio em cuja casa eu me encontrava resolveu ir à floresta em busca de tubos para suas zarabatanas. Decidi acompanhá-lo. Seguimos por cerca de uma milha, até um local onde cresciam diversas palmeirinhas da espécie Iriartea setigera (Martius), de 10 a 15 pés de altura, cuja espessura variava de um dedo a duas polegadas de diâmetro. Em virtude das marcas deixadas pelas folhas que caíam, elas davam a impressão de possuir gomos. Dentro, porém, havia uma tenra medula que, quando extraída deixava ver uma cavidade ininterrupta, lisa e polida. Meu companheiro selecionou algumas das mais retilíneas que encontrou, de todos os diâmetros possíveis, levando-as para casa. Ali, os caules foram deixados ao sol para secar. Suas medulas foram extraídas por meio de uma comprida vareta feita do cerne de outra palmeira, e os interiores limpos e polidos com pequenos feixes de raízes de um feto arborescente, puxados e empurrados diversas vezes por dentro dos tubos. Feito isso, cada índ