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Mostrando postagens de setembro, 2025

Literatura: Orquídeas de singulares coloridos

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         Aurélio Pinheiro em À margem do Amazonas. 1937. p. 122-123, relata impressões de uma floresta.           A floresta parecia tomada de fundo letargo, sem rumores sem ruídos de passos, sem vozes, sem sussurro da asa entre galhada  infinita, numa desolação de necrópole, adornada de verde, um verde absoluto e fatigante que se estendia no matupá, rolava na selva, subia nos ramos, ondulava por toda parte, num destemido, interminável domínio.           Nesse mudo império vegetal somente os frutos escarlates das mungubeiras, suspensos nos galhos desfolhados ou alguma orquídea de singulares coloridos enfeitando velhos troncos, ou as flores roxas dos mururés, quebravam alegremente a imensa monotonia. Pintura de Martin Johnson Heade  (1819-1904)

Almanaque de curiosidades amazônicas: A Anhuma

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  Rodolpho von Ihering em Dicionário dos animais do Brasil . 1968, assim descreve essa ave:       Ave (Palamedea cornuta), da família dos    Palamedeídeos, que na Amazônia é conhecida por    "cauintau" ou "cametaú" e "unicórnio. É ave grande, de 85    cm de comprimento comparável ao peru, mas caracterizada por várias singularidades. os pés têm dedos enormes, o que lhe facilita a locomoção nos banhados, sobre as plantas aquáticas. Na cabeça um "chifre", ou antes um espinho recurvado, córneo, de 12 centímetros de comprimento, está implantado sobre a pele, o bordo anterior da asa é provido de 2 esporões, dos quais a ave se utiliza como arma perigosa Esse esquisito chifre frontal de tal modo impressionou os naturais, que há muito tempo lhe são atribuídas virtudes curativas. Eurico Santos em seu livro Da ema ao beija-flor . 5. ed. 1990. p. 105-106 relata certas curiosidades dessa ave:          Para os supersticiosos a...