Almanaque de Curiosidades Amazônicas: A ave Saci

SACI - Ave da família dos Cuculídeos (Tapera naevia). Rodolpho Garcia diz que a superstição popular fez dessa ave uma espécie de demônio que pratica malefícios pelas estradas enganando os viajantes com as notas de seu canto, fazendo-os perder o rumo.

Rodolpho Garcia em seu livro Nomes de aves em língua Tupi. 1913  diz que seu nome tem a seguinte etimologia: (h-ang) + cy, mãe que é igual a "mãe das almas", porque, segundo a lenda ele chupa a alma dos defuntos.

Emílio A. Goeldi, zoólogo e naturalista suíço, em seu livro As aves do Brasil. 1894, diz:

         O saci possui a fama de se transformar e é visto sob a forma de um pequeno tapuio. Outra vez de uma horrível mulher velha e magra. Essa ave que é tão misteriosa possui um assobio que ninguém sabe de onde vem, confundindo a todos, fica-se sempre ou muito longe ou muito perto, ou muito para a direita ou muito para a esquerda. Este modo de ser enigmático, e justamente o brado triste deram talvez motivo para toda coroa de fábulas que envolvem o nome do saci. A ave é também conhecida pelo nome de matinta perera, ou matintaperé.

Outra curiosidade sobre o saci é dito por J. Th. Descourtilz (1796-1855), naturalista, ilustrador e médico em sua obra História Natural das aves do Brasil. 1983.

       Se, por acaso, durante um dia de sol ardente o saci canta, aí pelo meio-dia, pode ficar-se certo de que em breve cairá violenta tempestade, com torrentes de chuvas.


Anu-coroca - Saci - Alma-de-gato.
J. Th. Descourtilz (1796-1855). História natural das aves do Brasil. 1983.


 

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