As aves do Marajó II
"O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo quanto à quantidade de espécies de aves que habitam seu território, sendo a Amazônia a região mais rica.
Em Marajó, cuja ornitologia é bem variada, como em todo o Baixo-Amazonas, encontramos com maior frequência: galináceas, como as picotas, o galo-do-Pará, o galo da campina, perto dos lugares povoados; os pernaltas, como o frango-d´água, a garça, o maguari, o cauauá, o tuiuiú, nas margens do rios e lagos; as palmípedes, como o pato, a marreca, caça muito procurada em Marajó. Dos barulhentos trepadores, destacam-se: o papagaio, a arara e o periquito; das aves de rapina, o gavião.
Características do anfiteatro amazônico são algumas aves típicas como o uirapuru que, possuidor de voz inebriante, entra no folclore da gente da planície. O téu-téu (ou quero-quero), de nome onomatopaico. A saracura que emite como que pancadas regulares ora surdas ora sonoras. A cigana, talvez uma transição entre o réptil e a ave, tem garras em suas asas, subindo nos ramos como um lagarto, nadando como uma serpente.
De parte o murucututu (coruja do mato), outro pássaro noturno é o urutauí que dá, de vez em quando, uma gargalhada escarnecedora ou sinistra. A colhereira, com a extremidade do bico dilatada como uma colher (daí o nome), sempre mariscando nas várzeas inundadas. [...]".
FONTE:
MIRANDA NETO, Manoel José de. A foz do rio-mar: subsídios para o desenvolvimento de Marajó. Rio de Janeiro: Record, 1968,p. 45-46.
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