Aguapé


"Nas enseadas rasas dos grandes lagos de várzea, nos recantos calmos dos lagos de terra firme bem abrigados pelas matas marginais, nos furos, canais e paranás estreitos cujas águas ficam quase imobilizadas no tempo do verão pela obstrução parcial das suas bocas, enfim em todos os lugares onde as águas pouco profundas se acham preservadas da ação violenta do vento e da correnteza, crescem numerosas plantas enraizadas no solo submergido, umas verdadeiramente aquáticas, cobrindo a superfície da água com suas largas folhas flutuantes, outras anfíbias, elevando fora d´água as pontas eretas de suas compridas folhas e dando, a primeira vista, a impressão de um viçoso prado.
As primeiras são geralmente designadas, de um modo bastante confuso, pelos nomes de: apé, uapé, aguapé, mururé (ou mais corretamente, murerú (de mú-rurú, na Língua Geral "tornar molhado, molhar"). [...]". Paul Le Cointe (1870-1956). O Estado do Pará: a terra, a água e o ar: a fauna e a flora, minerais. 1945, p. 219.


Aguapé. Eichornia crassipes.
E. Step D. Bois. Favourite flowers of garden and greenhouse. v. 4, t. 287, 1896-1897
Desenho de D.G.J.M. Bois.
www.plantillustrations.org

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