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Mostrando postagens de julho, 2022

Toda a pujança da Natureza Tropical

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          Naquela manhã a natureza toda como que se preparara para nos receber. As sumaumeiras gigantes mais se agigantaram no porte e soltaram aos ventos macios sua cabeleira frondosa. Os mulateiros, despojados de sua casca ressequida ergueram-se viris e sobranceiros. Os taxizeiros cobriram-se de flores, umas ainda de cor de creme, outras já avermelhadas, todas pontilhando a floresta de cores vivas e radiosas.           Os cipós, brincalhões e irrequietos, trepavam pelos troncos portentosos ou se dependuravam nos galhos como serpentinas desenroladas, vindo por vezes mergulhar no remanso das águas ou se perder no meio dos matupás. As mungubeiras, os galhos desfolhados e pendentes de frutos vermelhos, soltavam no ar mil flocos de paina que levados pela brisa, acabavam pousando de leve na superfície das águas. E seguiam tranquilos a correnteza do rio.            Por todos os lados as orquídeas maravilhosas, de mil espécies diferentes, enfeitavam ainda mais os galhos coloridos da mataria.

As palhas das palmeiras bussú e inajá

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         Um dos produtos fibrosos de maior importância no Marajó são as palhas do bussú e do inajá  que além de serem usadas na cobertura de casas, são comercializadas por ribeirinhos no porto da cidade de Breves e outras sedes de municípios marajoaras. O corte das folhas do bussú é feito durante todo o ano, porém, uma vez cortada, a palmeira só está apta a um  novo corte de 3 a 6 meses depois. Das palmeiras mais jovens são extraídas em torno de 20 folhas e, das mais velhas, apenas 14. Quatro folhas são sempre deixadas nas árvores para a regeneração mais rápida da copa. [...]. FONTE:  LISBOA, Pedro L. B. A terra dos Aruã: uma história ecológica do arquipélago do Marajó. 2012. p. 183.   Ubuçu ou Bussú  Manicaria saccifera. C. Fr. von Martius. Historia Naturalis Palmarum - 1823- 1850