O Uirapuru e o seu canto que trás felicidade
"Quando o sol pende do zenith e a floresta aquecida rescende a todas as essências preciosas, que são o hálito e a fragrância da seiva rica de muitos vegetais, o Uirapuru aproxima-se das estradas ou das clareiras abertas no matagal sem fim, e desprende as primeiras vibrações, que atraem, reúnem e selecionavam uma assistência imensa de vates emplumados, alguns dos quais tomam parte no concerto, como figuras combinadas em afinações naturais, que formam e disciplinam encantadora orquestra voejante. Então, começa prestes, a execução das melodias estranhas, que nos chegam como ondas de harmonias, que etéreos fluídos trouxessem dos céus, para se espiritualizarem, sob a abóboda verde do arvoredo. Mas, daquela melopea excelsa, que se estende por uma, duas e mais horas seguidas, e mesmo quando principia em conjunto, após instrumentação garganteada em coro com outros artistas alados, a meio, em diante, somente se ouve o sopro flautado, enlevante, do músico-cantor inexcedível que, nesse