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Mostrando postagens de julho, 2025

Literatura: O esplendor da floresta equatorial

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Alfredo Lamartine em Tricentenário da Fundação de Belém . Pará: Livraria Bittencourt, [19--?]. p. 75-76, comenta sobre a exuberância de uma floresta tropical:          Em nenhum  recanto da terra a vida vegetativa é mais exuberante do que na depressão amazônica, nem se estende sobre tão amplos domínios. É a floresta equatorial com seu viço, a sua seiva, as suas grandes formas arborais, a sua pompa, o seu esplendor, que deteve Humboldt, encantando Spix e Martius, surpreendidos. Acompanhando o Amazonas em sua horizontalidade característica, divergindo para os vales laterais, seguindo-os, acompanhando-os desde as nascentes até a foz, espraiando-se em todos os sentidos, vasta, magna e virgem, a selva, aqui por estes longes do Brasil setentrional é uma admiração. É obra das grandes águas e do sol do equador, de que V. Hugo já dizia: "O sol do equador sobre as águas do Nilo Fez de um lagarto um crocodilo"            Tudo, na v...

Viajantes: As flores na floresta amazônica

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               Alfred Russel Wallace (1823-1913) fala sobre as flores na floresta amazônica em  em seu  livro Viagens pelo Amazonas e Rio Negro . 2004. p. 72:            Poucas árvores   da floresta estão agora em florescência. É um espetáculo verdadeiramente magnífico o contemplar-se uma grande árvore, que se cobre de flores em profusão.  Mas tudo isso está fora do alcance do curioso e extasiado naturalista.  É que tais flores somente se abrem por cima da enorme cúpula de verdura, exposta aos raios solares.         Em muitas dessas árvores, só se encontra uma única flor no mínimo a uma altura de 80 a 100 pés.  Estas florestas, em sua glória e esplendor plenos, apenas poderão ser vistas e devidamente reparadas, deslizando-se suavemente em um  balão sobre a ondulante e florida superfície.  Tal privilégio contudo, está reservado aos viajantes de eras ...