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Mostrando postagens de março, 2022

As propriedades milagrosas do Manacá

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         Conhecido cientificamente pelo nome de Brunfelsia uniflora , da família das Solanáceas, o nosso manacá é uma das muitas espécies de plantas que gozam, na Amazônia, de propriedades milagrosas, tanto no receituário indígena, como depurativo, como na imaginação da gente rústica, através de banhos para espantar o caiporismo e trazer sorte nas atividades que se exercitem. Os nossos caboclos, antes de irem à caça ou a pesca, julgam que um banho dessa planta favorece lindamente as redes ou a pontaria. FONTE: ORICO, Osvaldo. Mitos ameríndios e crendices amazônicas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília, DF: INL, 1975. p. 217. (Retratos do Brasil, v. 93). Manacá ( Brunfelsia uniflora ) Paxton, J. Magazine of botany anda register plants. v. 1, 1834. www.plantillustrations.org

Uma cena mais animada

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         [...]. Para o fim do verão a cena torna-se mais animada pelos milhares de aves aquáticas, garças, jaburus, guarás, colhereiras, patos, mergulhões, etc. aparecendo às vezes uma águia, que pousa filosoficamente sobre o ramo de alguma árvore e daí fica vendo com a maior indiferença passarem-lhe as canoas quase por baixo [...]. FONTE: DERBY, Orville A. Trabalhos restantes ineditos da Commissão Geologica do Brazil (1875-1878): A Ilha do Marajó. Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia , Belém, t. 2, fasc. 1-4, p. 169, 1898.   Cegonhas - Guarás - Colhereiras Album de Aves Amazônicas - 1900-1906 Desenho de Ernst Lohse (1873-1930) www.biodiversitylibrary.org

Pau-d´arco

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         Nem mesmo pela época da inflorescência, como prévia e natural reserva à alimentação dos frutos, as árvores amazônicas perdem a demasiada folhagem. Apenas um ou outro espécime vai despindo, demoradamente, a vestimenta das folhas, enquanto outros, mais raros, transmudam, rapidamente, em flores a túnica esmeraldina. É ao tempo em que as duas qualidades de pau-d´arco abrem, nas tristezas das selvas, a alegria passageira das suas florações: uma, projetando nas espessuras os ramalhetes de ouro pálido: a outra, abrindo os escrínios das floriformes ametistas. FONTE: LADISLAU, Alfredo. Terra imatura. Manaus: Editora Valer, 2008. p. 63. (Série: Memórias da Amazônia).   T abebuia heterophylla Descourtilz, M. E. Flore pitoresque et médicale des Antille. v. 3, 1827.  Desenho de J. T. Descourtilz www.plantillustrations.org

Um cenário de extrema beleza

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       Todo o aspecto desse circo musgoso, com sua larga faixa de água a se precipitar no abismo, circundado por uma densa e luxuriante floresta, em meio à qual não se avistavam Palmáceas, constituía um cenário de extrema beleza, no qual se misturavam aspectos típicos tanto dos climas tropicais como dos temperados.          Nas florestas adjacentes, porém, havia diversas Palmáceas, inclusive algumas palmeiras-anãs novas para mim, como era o caso de uma pequena bacaba ( Oenocarpus ) de 15 pés [4.6m] de altura e folhas penadas, equidistantes. Acima da catarata, a floresta se tornava mais baixa, tendo mais o aspecto das caatingas, apresentando diversos açaizinhos e muitos buçus. Mais à frente, transformava-se num caranazal, ou seja um bosque de caranás ( Mauritia carana ), cujas frondes os índios costumam cortar para usar como cobertura de suas casas. FONTE: SPRUCE, Richard. Notas de um botânico na Amazônia. Belo Horizonte: Itatiaia, 2006. p. 307.  (Reconquista do Brasil (2a. Série. v.