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Mostrando postagens de abril, 2021

Um lindo grupo de tucanos

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         Ao cair da noite, vimos surgir das águas no horizonte a oeste, a Serra de Monte Alegre, enquanto atrás de nós, a igual distância, a Serra de Paru excedia em altura a floresta da margem. Três tucanos pousados no alto dum galho seco iluminados pelo sol poente, formavam um lindo grupo com os grandes bicos purpurinos e peito de brilhantes cores. Não vira até então, tucano de bico encarnado. Embora as cores dessas aves sejam muitas, considero-as simples variações, pois do contrário haveria muitas espécies de tucanos.    FONTE: AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pelo norte do Brasil no ano de 1859 . Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1961. v. 2, p. 72. (Coleção de Obras Raras, 7). Tucanos   Álbum de Aves Amazônicas - 1900-1906 Desenho de Ernst Lohse (1873-1930)

Frondosas árvores frutíferas

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      [...]. Viam-se por toda parte as largas copas escuras de frondosas mangueiras entre as habitações, rodeadas de laranjeiras em flor, limoeiros e muitas outras árvores frutíferas, próprias das regiões tropicais, umas em flor, outras cobertas de frutos em vários estados de desenvolvimento. Aqui e ali, destacando-se das árvores mais altas e copadas, viam-se os caules lisos e colunares das palmeiras, que ostentavam, por cima de tudo, as copas magníficas de folhas finamente recortadas. Entre estas era especialmente digno de admiração o esguio açaizeiro, crescendo em pequenas touceiras de quatro ou cinco, com seu estipe levemente curvo liso, de 20 a 30 pés de altura, terminando numa coroa de folhas que parecem grandes plumas, de uma leveza e elegância indescritíveis. [...]. FONTE: BATES, Henry Walter. O naturalista no rio Amazonas . São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1944. v. 1, p. 34. (Biblioteca Pedagógica Brasileira. série 5a. Brasiliana, v. 237. Manga ( Mangifera indica ) N. J.

Pupunhas

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          [...]. As casas, geralmente construídas de barro e caiadas de branco, são cobertas de telhas ou folhas de palmeira. Quase todas são rodeadas por um pomar, cercado de estacas e plantado de laranjeiras e palmeiras tais como coqueiros, açaís, pupunhas ou palmeiras de pêssego. Estas últimas carregam em graciosos pendões os seus frutos, muito parecidos com os nossos pêssegos, pelo tamanho e pela cor; são comidos depois de cozidos, e com um pouco de açúcar, sendo o seu gosto muito agradável.   FONTE: AGASSIZ, Luiz; AGASSIZ, Elizabeth Cary. Viagem ao Brasil; 1865-1866. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2000. p. 215. (Coleção O Brasil visto por estrangeiros) Frutos da palmeira Pupunha ( Guilielma speciosa ) J. Barbosa Rodrigues. Sertum Palmarum Brasiliensium .v.2, 1903 www.plantillustrations.org

Uma imensidade de pássaros aquáticos

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      Depois, na época da seca, tudo se transforma: os rios, com a baixa das águas, deixam, para além das suas margens, grandes lagoas isoladas, no centro da floresta, ali formadas pelas depressões do terreno e onde permanece uma grande quantidade de peixes, tais como os saborosos tucunarés, cascudos, traíras, piabas, dourados e muitos outros, de menor tamanho, mas também de magnífico paladar. Pontilhando de imaculada alvura as margens dessas lagoas efêmeras, é  muito comum verem-se bandos enormes de garças, como também incrível abundância de outras aves, como os biguás, os socós-bois, dotados de extravagantes e imensos bicos, jaburus e uma imensidade de pássaros aquáticos, que montam guarda à  espreita duma oportunidade para fazer as suas pescarias... Ali, à tardinha chegam ainda bandos de patos silvestres, para refrescar-se e buscar também alimento, enquanto as saracuras emitem seu irritante grasnar escondidas dentro dos brejos. FONTE: PRADO, Eduardo Barros. Eu vi o Amazonas. Rio de

O Pavãozinho-do-Pará

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      Já almoçados, prosseguimos derrota pouco depois das onze e às dezessete, saltávamos numa prainha, a margem direita. Foi pouco interessante o percurso de hoje, [...]. É verdade que vimos pela primeira vez, não só algumas palmeiras babaçu, como um pavãozinho-do-Pará, muito surpreso à aproximação daqueles monstruosos bichos que lhe deveriam parecer as nossas canoas. FONTE: CRULS, Gastão. A Amazônia que eu vi: Óbidos-Tumucumaque. 4. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938. p. 184. (Biblioteca Pedagógica Brasileira. Série 5a. Brasiliana, v. 118). Pavãozinho-do-Pará ( Eurypiga helias ) Dante Martins Teixeira; Nelson Papavero. As aves do Pará segundo as Memórias de Dom Lourenço Álvares Roxo de Portflis (1752) . 2017.